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A seleção dos temas no Bridges 11
Inserido em 2014-05-05  |  Adicionar Comentário

No contexto escolar, a aprendizagem de línguas assume, assim, um papel relevante na formação integral dos alunos, não apenas no que diz respeito aos processos de aquisição dos saberes curriculares, como também na construção de uma educação para a cidadania. Com efeito, a aprendizagem de línguas inscreve-se num processo mais vasto, que ultrapassa a mera competência linguística, englobando aspectos ligados ao desenvolvimento pessoal e social dos alunos, levando-os a construir a sua identidade através do contacto com outras línguas e culturas. Aprender línguas favorece o desenvolvimento de uma postura questionante, analítica e crítica, face à realidade, concorrendo para a formação de cidadãos ativos, intervenientes e autónomos.




O texto em epígrafe poderia surgir como apresentação do Bridges 11, mas, na realidade, consta na introdução do Programa de Inglês para o Ensino Secundário. A  “formação integral dos alunos” e alunas, a “construção de uma educação para a cidadania”, o “desenvolvimento pessoal e social” dos/as nossos/as jovens, o questionamento da realidade e a postura “analítica e crítica” conducentes à “formação de cidadãos activos, intervenientes e autónomos” é, desde o seu início, uma preocupação do projeto Bridges

No projeto Bridges desenvolvemos as competências comunicativa e sociocultural dos/as nossos/as alunos/as, devidamente “fundamentadas em atitudes, valores e competências promotoras da educação para a cidadania e de abertura e respeito pela diferença”, como exige o Programa. 

Para que melhor possam entender o conceito Bridges, apresentamos de seguida o sentido subjacente à sequência de temas, à escolha dos textos, às atividades e conteúdo das rubricas que criámos para o Bridges 11.

1. Pensamento crítico

Apresentamos temas que são próximos dos/as alunos/as, com os quais têm ligação ou se relacionam. Isto permite-lhes ter maior capacidade de resposta, maior motivação para estudar e analisar o tema, ao mesmo tempo que os/as ajuda a desenvolver uma reflexão cuidada.

Vejamos, por exemplo, nas páginas 66 e 70 do manual: através de um tema conhecido – School –, pretendemos levar os/as alunos/as a um grau de reflexão superior, com apresentação de textos que os/as levam a questionar as aprendizagens que recebem na escola e o papel desta no seu sucesso futuro. Temos um Listening Time com uma opinião muito controversa do cantor Tupac, que certamente suscitará o debate, e um Reading Time com a opinião de um jovem sobre os pontos fortes e fracos da escola. Ao receberem opiniões diferentes, e mesmo divergentes, sobre os pontos fortes e menos fortes da escola, os/as alunos/as desenvolvem o seu poder de reflexão, que os/as poderá levar a uma análise da realidade, à descodificação do mundo que os/as rodeia e da manipulação a que estão sujeitos/as. 

Neste mesmo sentido, temos, por exemplo, a unidade 3.3 – Advertising & Stereotyping – e as suas atividades de Join In, destinadas a ajudar os/as alunos/as a detetar os estereótipos nas mensagens que recebem no dia a dia, sejam elas textuais ou gráficas.

A reflexão e análise feitas levam o/a aluno/a a tomar decisões conscientes e informadas e, aqui, não podíamos deixar de chamar a atenção para a importância do voto: através de um Listening Time, os/as alunos/as apercebem-se da importância do voto, das suas implicações e significado. 

Com esta estratégia, pretendemos demonstrar aos/às jovens que podem ter uma voz ativa na sua comunidade e no seu país, contribuindo para a melhoria das condições de vida. Por isso, o papel que deverão ter na resolução de problemas ambientais é também valorizado nos dois exemplos que vos deixamos: um Speaking Time e um Time for Actiona rubrica de trabalho de projeto, que surge sempre enquadrada nas unidades e não em final de módulo e desligada de qualquer temática em especial.

2. Envolvimento e capacitação dos/as nossos/as alunos/as 

Entre outros exemplos que apresentaremos em posts posteriores, uma das formas a partir da qual trabalhamos o envolvimento e capacitação dos/as alunos/as é com casos concretos de jovens, portugueses/as ou estrangeiros/as, que assim demonstram o seu potencial. Tal aconteceu com um grupo de jovens que criou a primeira associação portuguesa de Gap Year, após uma experiência enriquecedora que lhes foi proporcionada e que mudou completamente a sua visão de mundo.

Também casos reais de empreendedorismo são apresentados no Bridges 11, como é o caso dos jovens Luís Martins e Ricardo Sousa. Incluímos também exemplos de jovens com projetos concretos para preservar o meio ambiente, como Boyan Slat, ou que não desistiram perante decisões controversas e fizeram ouvir a sua voz.

3. Inclusão

Passemos, por fim, a uma das bandeiras de que o projeto Bridges se orgulha e que se encontra patente nas suas páginas, já que não nos furtamos a debater temas que poderão ser considerados controversos. Veja-se o exemplo do poema Mathematics, de Hollie McNish, em que se debate o tema da imigração e se procura levar o/a aluno/a a refletir sobre o papel ativo e positivo que os/as imigrantes podem trazer para a sociedade em que se encontram verdadeiramente integrados/as. 

Também as questões da bioética são abordadas através do filme e livro My Sister’s Keeper, que apresenta a história de uma criança que vem ao mundo com o propósito de salvar a vida da irmã que sofre de leucemia.

Deixamos o convite para que explorem as páginas do manual que partilhamos e que as testem em sala de aula para aferirem a adesão dos vossos alunos e alunas. Contamos convosco numa das nossas próximas sessões para vos darmos mais pormenores sobre o nosso e vosso projeto.


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