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Distinção entre persuasão e manipulação
Inserido em 2014-04-17  |  Adicionar Comentário

 

O eixo de sentido do capítulo Argumentação e Filosofia

Um dos vários aspetos que abordamos no capítulo da lógica informal refere-se ao auditório e à sua persuasão. Mas ao tratar o tema da persuasão, tomámos como problema inicial do capítulo Argumentação e Filosofia a questão Como distinguir persuasão de manipulação?

Procurámos uma abordagem direta que, ao mesmo tempo, permita ao aluno ter uma visão de como deverá praticar filosofia ao longo do estudo dos outros temas.


Por isso, na primeira parte, tratamos da clarificação conceptual, ao expormos que a persuasão consiste em oferecer boas razões para que alguém seja conduzido a aceitar uma determinada tese, enquanto a manipulação consiste em levar alguém a aceitar uma tese sem avaliar criticamente (isto é, sem examinar de modo rigoroso e imparcial) as razões que existem a seu favor e contra ela.

Na segunda parte, estes dois conceitos são ilustrados, por um lado, com a descrição e caracterização da atividade dos Sofistas – enquanto exemplo de manipulação – e, por outro, com a descrição e caracterização da atividade filosófica de Sócrates (e também de Platão) e do seu método – enquanto paradigma do bom uso da retórica ou da persuasão. Quisemos mostrar aos alunos como o que se está a explicar funciona na prática filosófica; por isso incluímos, para exploração em sala de aula, alguns excertos dos diálogos platónicos, como é o caso do diálogo entre Sócrates e Laques (clicar na dupla página).

Este exemplo da persuasão socrática leva-nos à terceira parte deste capítulo, em que a filosofia é concebida, não como uma atividade “adversarial”, mas como construção de opiniões ou crenças devidamente fundamentadas, através das quais se tenta descobrir verdades acerca da realidade.

Deste modo, conseguimos estabelecer neste capítulo uma clara linha de continuidade entre os vários conteúdos ou partes, que ajudará o aluno à sua melhor compreensão.

Iniciamos este capítulo com uma situação-problema ou experiência mental, pois é uma forma eficaz e intuitiva de colocar os alunos dentro dos problemas que vão ser tratados – um diálogo, Górgias, de Platão (clicar na página).

Também neste capítulo procuramos respeitar 3 princípios orientadores:


Clareza e rigor na exposição
Exemplos e experiências mentais
Estímulo do pensamento crítico e fundamentado dos alunos


A Equipa

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