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Filosofia da mente
Inserido em 2013-07-04  |  Adicionar Comentário

 

A filosofia da mente é uma área muito avançada na filosofia, mas sem reflexo nos programas de ensino portugueses. Não será propriamente grave, apesar de me parecer que teríamos algo a ganhar com a sua inclusão, já que se trata de uma área da filosofia onde a relação entre filosofia e ciência se torna mais visível.

Um dos mais famosos e estudados problemas da filosofia da mente é o da consciência. Aqui, pretende-se dar resposta a questões do género: “como é possível que se dê no meu cérebro a consciência subjetiva do vermelho?”. Como em qualquer problema, há várias hipóteses a testar. Daqui se segue o tradicional problema da dicotomia mente-corpo.  

 

Deve haver alguma coisa material que produziu a consciência imaterial de vermelho em mim. Como é que se articula esse lado material com o lado imaterial da consciência? Este não é o único problema da consciência, mas é certamente central. Parece que os dispositivos filosóficos ou científicos de que dispomos são insuficientes para resolver este enigma. E há até quem defenda que isto é mesmo assim, um problema insuscetível de explicação teórica.

Como estimular o leitor menos informado neste tipo de problemas? Bem, para isso talvez sejam necessárias algumas sugestões de leitura. Felizmente já dispomos de alguma bibliografia de qualidade em língua portuguesa. Para o leitor mais avançado, recomendaria provavelmente Descartes. Mas uma leitura destas levaria muito tempo...


A melhor maneira é começar
pela introdução à filosofia
de Nigel Warburton,
Elementos básicos de filosofia (Gradiva). 
Nesta obra dispomos de um capítulo,
de cerca de 30 páginas, dedicado
aos problemas da mente
.

Seguidamente, a minha
recomendação vai para a leitura da
recente publicação, também pela
Gradiva, do livro de Colin McGinn,
O carácter da mente.
É certo que, na minha opinião,
tem
algum grau de sofisticação,
mas requer mais atenção
na leitura por parte do leitor do
que propriamente conhecimentos
técnicos ou específicos.

Finalmente, recomendo
o livro de Nicholas Humphrey
Poeira da alma (Gradiva). Independentemente do que
nele é defendido, tem
a vantagem de poder ser lido
pelo leitor comum sem grande
dificuldade de compreensão
dos problemas.


Portanto, se não temos o problema da consciência resolvido, e é certo que temos o problema em aberto, nada melhor do que conhecê-lo mais um pouco, seguindo estas sugestões de leitura.


Rolando Almeida

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