Com o pensamento crítico, os jovens dão os primeiros passos no desenvolvimento de competências como:
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Raciocinar com consequência |
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Identificar falácias |
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Resolver problemas |
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Criar soluções |
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Este tipo de competências são tão necessárias ao cidadão comum como aos especialistas de áreas tão distintas como matemática, engenharias, medicina, ciência em geral, etc.
O gráfico seguinte foi publicado no blogue do filósofo britânico Stephen Law e revela bem o contributo da filosofia no desenvolvimento destas competências:
A lista que se poderá ver neste link mostra bem que a filosofia ocupa o lugar cimeiro no desenvolvimento de competências como escrita analítica ou desenvolvimento do raciocínio.
Isto vem a propósito da disputa colocada pela questão que referi acima. Os professores que defendem que os adolescentes não estão preparados para tal tarefa optam por um ensino histórico da filosofia, que consiste basicamente em ensinar as teorias dos filósofos, ao passo que outros preferem entrar diretamente na discussão dos problemas. A questão é que, quanto aos primeiros, a disciplina de filosofia sofre graves consequências, já que, ao ensinar os adolescentes a decorar as teorias dos filósofos, não estamos, de facto, a ensinar a pensar criticamente ou, numa linguagem que nos é mais próxima, a filosofar. A mera repetição acrítica de teorias não desenvolve, pois, as competências críticas para as quais, diz-me a experiência, os adolescentes estão perfeitamente motivados e capazes de fazer.
Afinal de contas, bastará pensar muito seriamente no que nos dizem os nossos alunos no início do ano: “Filosofia é pensar com a nossa cabeça". Sim, é. Logo, se queremos que os nossos alunos desenvolvam competências críticas, o melhor mesmo é fazer com que eles tenham a liberdade de pensar filosoficamente.
Rolando Almeida