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O Dia Mundial da Filosofia, determinado pela UNESCO em 2002, é assinalado todos os anos na terceira quinta-feira de novembro e comemora-se, este ano, no próximo dia 15. Nesse mesmo dia, organizam-se, por todo o mundo, cafés filosóficos, grupos de discussão, diálogos, leituras e aulas públicas, palestras, etc., para homenagear o contributo da filosofia ao longo da história da humanidade.
Se por um lado a UNESCO reconhece o papel da filosofia para o pensamento crítico e criatividade, pela sua força inovadora, por outro a filosofia tem fornecido bases sólidas para pensar conceitos fundamentais da política, da ciência, do debate de ideias e dos direitos humanos.
Ao mesmo tempo, a filosofia tem cada vez mais alunos tanto no ensino de nível secundário como universitário. O sucesso que cursos universitários têm alcançado em países como os Estados Unidos ou o Reino Unido acontece porque as pessoas veem proveito em desenvolver competências críticas sobre argumentos e em aprender a pensar com clareza e rigor.
A filosofia apresenta-se, assim, no mundo moderno, como o mais completo ginásio para a mente. A sua rica história dá um leque abrangente de argumentos que não são mais do que a tentativa de responder aos clássicos problemas filosóficos.
As principais áreas onde esses problemas ocorrem são a metafísica, epistemologia ou filosofia do conhecimento, filosofia da religião, filosofia moral e ética, filosofia política, filosofia da mente ou a filosofia da arte. |
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Algumas áreas são mais populares do que outras, tais como a ética aplicada, que lida com problemas comuns às pessoas – como o problema moral do aborto ou o problema moral da eutanásia. Outras áreas, como a filosofia da matemática ou a filosofia da biologia, são mais específicas e ainda pouco estudadas entre nós, mas com amplo debate na filosofia que se produz nos nossos dias.
O tema escolhido pela UNESCO este ano é “As gerações futuras” e a sua proposta é que se organizem nas escolas, universidades e fóruns na internet espaços de debate filosófico em volta desse tema.
Estamos a assistir a uma crise mundial sem precedentes, cuja parte mais visível é a economia, mas que envolve outras componentes como os valores, a moral e o valor e papel da política. É sempre difícil esboçar o que os filósofos podem fazer neste contexto, mas tal é possível. Em resposta ao apelo da UNESCO para assinalar o dia internacional da Filosofia, abrimos aqui o debate sobre os seguintes problemas:
• Economia: como deve ser feita a distribuição da riqueza num mundo em crise?
• Política: como renovar o plano moral na política contemporânea?
• Ecologia: poderá a moral salvar o planeta?
Lançamos assim o debate para a caixa de comentários. Poderá a filosofia contribuir para ajudar a resolver os problemas colocados? O que pensam os caros colegas?
Rolando Almeida |